A Justiça concedeu liberdade provisória ao ex-diretor da Copacafé Flávio Castelo Branco, que estava foragido desde fevereiro deste ano e foi preso no dia 27 de maio. O ex-diretor pagou uma fiança de R$ 124 mil e deixou o Presídio de Campo Belo (MG) no fim da tarde desta segunda-feira (9).
Flávio Castelo Branco responde processo por suspeita de desvio de dinheiro da cooperativa de café, que tem sede em Perdões (MG). Ele foi diretor administrativo da Copacafé entre 2005 e 2012 e, ao deixar a cooperativa, foi descoberto o desaparecimento de quase 33 mil sacas de café. Segundo a Polícia Civil, a cooperativa tem hoje uma dívida de cerca de R$ 15 milhões.
O advogado de Flávio, Négis Rodarte, informou que o ex-diretor desconhece as acusações e que nunca prejudicou ou desviou qualquer quantia de dinheiro das contas da Copacafé.
Rombo de R$ 15 milhões
Desde o início de 2013, a Polícia Civil investigava a suspeita de desvio de dinheiro e mercadorias da cooperativa. Em um primeiro momento, acreditava-se que cerca de R$ 400 mil tinham sidos desviados da cooperativa. Mas em fevereiro de 2013, descobriu-se que o rombo já era de R$ 12 milhões. Em abril, um novo cálculo apontou que o desvio estava estimado em R$ 15 milhões.
Desde o início de 2013, a Polícia Civil investigava a suspeita de desvio de dinheiro e mercadorias da cooperativa. Em um primeiro momento, acreditava-se que cerca de R$ 400 mil tinham sidos desviados da cooperativa. Mas em fevereiro de 2013, descobriu-se que o rombo já era de R$ 12 milhões. Em abril, um novo cálculo apontou que o desvio estava estimado em R$ 15 milhões.
A antiga diretoria é acusada de fraudes e desvios de 28 mil sacas de café que estavam depositadas na cooperativa. O principal suspeito dos desvios era o então diretor-executivo da empresa, Flávio Castello Branco, que estava desaparecido desde dezembro de 2012.
Segundo o presidente da comissão executiva da Copacafé, Pedro Junqueira, um extrato bancário da cooperativa durante a administração da antiga diretoria revelou uma transferência de R$ 430 mil para uma segunda conta, e que este valor estaria desaparecido. A cópia do extrato foi encaminhada para a Polícia Civil. Além disso, a comissão da cooperativa registrou boletins de ocorrência sobre o desaparecimento de 7 mil sacas de café e de dois caminhões, registrados na Polícia Rodoviária Federal.
Junqueira afirma ainda que produtores de leite de Manhuaçu (MG), cooperados da Copacafé de Perdões, não receberam cerca de R$ 3 milhões referente à produção de leite. Cerca de R$ 1,2 milhões também não teriam sido repassados para a conta de produtores de café da cooperativa. Três inquéritos policiais foram instaurados para investigação do caso.
Fonte : G1