Funcionários da Alcoa começaram a ser demitidos em Poços de Caldas (MG) sem acordo com o sindicato dos metalúrgicos. Segundo a empresa de alumínios, que havia anunciado as demissões para redução de gastos, 250 trabalhadores devem deixar a unidade.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, cerca de 100 pessoas já deixaram a empresa. Um dos principais pontos de divergência entre a empresa e o sindicato é em relação à compensação financeira oferecida aos trabalhadores demitidos. Uma proposta foi feita à empresa, mas conforme o sindicato, a Alcoa não aceitou.A indústria ofereceu entre 3 e 6,5 salários nominais. Os valores variam conforme a idade e o tempo de serviço na fábrica. Já o sindicato pediu como compensação, entre 6,5 e 11,5 salários, considerando apenas o tempo de trabalho.
O sindicato se diz surpreso com o início das demissões. Agora, o Sind-Metal deve entrar com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho.
Demissões
No final de março, a Alcoa anunciou o fechamento das linhas de produção do alumínio primário na fábrica de Poços de Caldas. De acordo com a companhia, a medida foi tomada devido a condições desafiadoras do mercado global e ao aumento de custos de operações, que deixaram de ser competitivas.
No final de março, a Alcoa anunciou o fechamento das linhas de produção do alumínio primário na fábrica de Poços de Caldas. De acordo com a companhia, a medida foi tomada devido a condições desafiadoras do mercado global e ao aumento de custos de operações, que deixaram de ser competitivas.
No mês passado, representantes do sindicato e da Alcoa se reuniram no Ministério Público do Trabalho, em Pouso Alegre. Foram três audiências que, segundo o procurador Paulo Crestana, resultaram em avanços. No entanto, a negociação não foi fechada. Por isso, para a Procuradoria, a empresa não poderia demitir os funcionários agora.